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Investigado esquema de manipulação de resultados no Brasileirão

Manipulação Brasileirão

Foto/Imagem: Pixabay

Denúncias não envolvem arbitragens nem dirigentes ou clubes

Aliciamentos a jogadores tinham como objetivo beneficiar apostas esportivas

O MP-GO (Ministério Público de Goiás) deflagrou nesta terça-feira (18) operação em conjunto com outros Estados para investigar manipulação de resultados na Série A do Campeonato Brasileiro de futebol. O esquema visaria favorecer apostas esportivas. A operação cumpriu mandados de busca e apreensão em 18 cidades de seis Estados, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Pernambuco, além do próprio Goiás.

Denominada Operação Penalidade Máxima, a ação teve o primeiro desdobramento em fevereiro, e o resultado foi oferecimento de denúncia, com “imputação dos crimes de integrar organização criminosa e corrupção em âmbito desportivo”. Em São Paulo foram dez mandados de busca, com três prisões. O Rio de Janeiro, Santa Catarina e Pernambuco têm dois jogadores sendo investigados em cada Estado. O Rio Grande do Sul tem três e Goiás, um atleta na mira da Justiça.

O MP-GO anunciou que a manipulação de resultados ocorreu na competição de 2022 e envolve seis jogos. Nove jogadores são suspeitos de fazer parte do esquema, entre eles estariam Victor Ramos, da Chapecoense, de Santa Catarina; Igor Carius, do Sport, de Pernambuco; Gabriel Tota, do Ypiranga, do Rio Grande do Sul; e Kevin Lomónaco, do Bragantino de Bragança Paulista, Interior paulista.  

Das partidas suspeitas de adulteração, quatro teriam acontecido na 36ª rodada do torneio. Na derrota do time de Bragança Paulista para o América Mineiro, um jogador do Massa Bruta teria sido assediado para tomar cartão amarelo. Nesse jogo, Kevin Lomónaco, um dos suspeitos de fazer parte do esquema, tomou o amarelo, além de Luan Cândido, Aderlan, Popó e Raul, também amarelados.

No empate entre Santos e Avaí (1 a 1), no dia 5 de novembro, um dos jogadores do time santista teria sido aliciado para tomar o cartão amarelo. Nesse jogo, três atletas do Peixe foram amarelados. Em outro confronto do Santos, desta vez na derrota por 3 a 0 para o Botafogo, no dia 10 de novembro, um jogador santista teria sido assediado para tomar o cartão vermelho. O zagueiro Eduardo Bauermann foi expulso mesmo após o encerramento da partida.

Outro paulista considerado grande, o Palmeiras viu seu nome aparecer em duas partidas suspeitas. Uma, no empate com o Cuiabá (1 a 1), no dia 6 de novembro, um atleta do adversário teria sido assediado a tomar o amarelo, o que aconteceu com André Luís e Marllon. Em outro duelo, contra os gaúchos do Juventude, no dia 10 de setembro, a história se repetiu, desta vez Vitor Gabriel, Jadson e Moraes foram penalizados com o cartão amarelo.

Ainda estão sob investigação os confrontos Goiás e Juventude, dia 5 de novembro, também pelo Brasileirão. Também há outros jogos pelos campeonatos estaduais, Guarani e Portuguesa, pelo Paulistão; Caxias e São Luiz e Esportivo e Novo Hamburgo, ambos pelo Campeonato Gaúcho; Luverdense e Operário, pelo Mato-Grossense; e Goiás e Goiânia, pelo estadual goianense.

De acordo com o promotor do Ministério Público de Goiás, cada jogador aliciado pelo esquema de adulteração dos confrontos da elite do Campeonato Brasileiro de 2022 receberia entre R$ 50 mil e R$ 60 mil para a prática ilícita. Não há nenhum árbitro suspeito, assim como dirigentes ou clubes.

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